quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A agência de notícias do Acre pode ser considerada mesmo uma agência de notícias?


De acordo com Tiago Emanuel Moreira, atualmente, as agências de notícias estão claramente envolvidas em um contexto capitalista. Assim, a expansão do mercado e o lucro são os principais objetivos a serem alcançados por uma agência noticiosa.

Entretanto, Moreira afirma que, em relação aos meios de comunicação comuns – TV, rádio, jornais impressos –, o lucro alcançado pelas agências noticiosas é bem menor. Isso se deve ao fato de que, muitas vezes, seu trabalho é feito de forma disfarçada: seus consumidores/ clientes não são os mesmos dos veículos de comunicação normais. Na verdade, os demais meios de comunicação é que são os clientes da agência.
Assim, as agências existem como vendedores de informação para vários veículos. Pelo fato de possuírem mais correspondentes, distribuídos em mais lugares, são elas que vendem as notícias para os jornais, tv ou rádio, de forma a facilitar e/ou complementar o trabalho dos jornalistas.

Baseada nesta teoria, acredito que a agência de notícias do governo do estado do Acre não se encaixa perfeitamente no conceito de agência de notícias. Ela veicula sim, notícias relacionadas às ações do governo para outros meios de comunicação (principalmente os jornais impressos). Porém, esse trabalho é feito de forma gratuita, com o intuito apenas de promover as ações do governo, sem obtenção de lucro.

Logo, imagino que o termo “site noticioso” seria mais apropriado para a chamada “Agência de notícias do Acre”: o site oferece notícias e recursos para aumentar a interatividade, mas não há a relação de compra e venda de notícias.

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